Veja a lucidez do comentário, que reproduzo aqui, com o devido crédito,
http://colunas.epoca.globo.com/paulomoreiraleite/
Diante da menina de 9 anos, levada a fazer um aborto depois de ter sido estuprada, nossa comentarista Shirlei Hora escreveu:
“Criança não sabe se proteger. Precisa do adulto para protege-la. E essa proteção, às vezes, tem um preço… .
Sou contra a pena de morte mas toda vez que trazem pedofilia para a conversa…. É um caso que eu aceitaria discutir. E o que é que vai ser dessa menina agora?”
O horror da pedofilia mexe com a sensibilidade. Não é de supreender.
Mas sou contra a pena de morte, mesmo neste caso.
Primeiro, porque sempre existe o risco de erro — descobriu-se, anos depois, que a última pessoa condenada a morte, no Brasil, ainda no século XIX, era inocente. Mesmo em países onde a Justiça funciona melhor do que no Brasil, como os Estados Unidos, as revisões judiciais apontam para uma terrível quantidade de erros em função de advogados incompetentes, clientes sem recursos para uma boa defesa e assim por diante.
Segundo, porque estamos falando de uma doença — e é vergonhoso pensar em matar doentes. Claro que pessoas condenadas por pedofilia não podem ser autorizados a agredir e ameçar pessoas indefesas. Mas devem ser mortas?
Terceiro, porque acredito no princípío de que ninguém tem o direito de tirar uma vida — nem o Estado.
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