quinta-feira, 5 de março de 2009

Tipos pitorescos pelas ruas de Macau

Confesso que o Rio Grande do Norte, me atrai pela riqueza da cultura, diversidade racial e os tipos curiosos que perambulam pelas ruas ou ganham a vida com atividades não tão comuns para este século 21.
Um dos mais interessantes que vejo trabalhando pelas ruas de Macau, é o vendedor de peixe, que popularmente se conhece como "Peixe Podre". Seu nome, bem ele desconversa e diz que já criou filhos e até netos vendendo peixe. Sua forma de negociar é interessante e na medida que você barganha o preço...ele se mantém firme. Outro, cujo nome desconheço, é o vendedor de munguzá, milho verde e papa de milho. Passa apitando um brinquedo de criança que emite algo parecido como um "grunido de pato" ou coisa parecida. O filho, com a bolsa pochete na cintur,a é o caixa. Deve vender bem porque sempre passa, como se diz aqui no nordeste, "na carreira".
No mercado municipal, estes tipos também são conhecidos. Quem tem um relato interessante sobre estes personagens, é o escritor e diretor do Campus da UFRN em Macau, Benito Barros. Em seu livro, Macauísmos, desfila uma série de personagens que eram conhecidos pelo apelido.
Ainda vou fazer um registro mais apurado sobre estes personagens. Alguns, conhecidos apenas pela oralidade do povo, se perdem com o tempo e nunca mais se consegue um depoimento. Não posso deixar de registrar aqui também o trabalho do artista plástico, escritor, fotógrafo Getúlio Moura, que muito mais do que bons equipamentos tem olho "clínico" para registros preciosos da nossa terra e também já escreveu um precioso registro da nossa terra.