domingo, 8 de março de 2009

A NOVA MULHER E SUAS FERRAMENTAS EM BUSCA DA PLENITUDE! –

Por
ROSANA BRAGA

Já há algum tempo venho observando a maneira com que muitas mulheres têm conduzido sua vida. Conquistas e mudanças que elas mesmas têm provocado em todo o mundo ao longo das últimas décadas - sejam as construtivas e dignas de méritos incontestáveis, sejam as deturpadas e equivocadas.
Infelizmente, feridas por regras patriarcais, muitas mulheres saíram do extremo da submissão em busca de seu real valor, mas se perderam. Assim, morrendo de medo de se sentirem novamente amarradas pelas rédeas do passado, insistem em renegar sua alma acolhedora, sua beleza encantadora, seu coração fértil, receptivo.
Que possamos, especialmente hoje e a partir de agora, baixar as armas, as defesas e as desconfianças e simplesmente ser mulher - com todos os predicados que esse lugar nos cabe! Porém, não com um comportamento maquiado, afiado, dolorosamente sociabilizado. Proponho um comportamento autêntico, com direito à sua notável delicadeza, à doçura que tantas vezes é substituída pelo espírito de competição e comparação equivocada com os homens.
Desejo que nós, mulheres, recuperemos nossa capacidade de sedução e envolvimento - no sentido mais amplo dessas expressões - sem, contudo, termos de agir como os homens. Não somos homens. Não somos melhores nem piores. Somos mulheres, somos o feminino divinamente complementar do masculino e vice-versa.
Não precisamos de igualdade, apenas de nossa singularidade. Portanto, sugiro que sejamos firmes, justas e produtivas, mas sem nunca renegarmos nossa natureza criadora e criativa. E com certeiros atos, que possamos, de fato, conquistar o mundo.
Porém, não falo de uma conquista cujo adversário se chama homem! Não precisamos de adversários, mas de companheiros, aliados, protetores e amigos. Quando proponho que nos comportemos femininamente, estou sugerindo o exercício da lucidez feminina, da capacidade que temos de conciliar e compreender, de um gesto que perdoa um abraço que envolve, de uma conduta que nutre e floresce o que está ao seu
redor.Por isso mesmo, hoje especialmente, quero defender a urgência do deixar-ser e levantar a bandeira em nome do SER MULHER! Que todos nós possamos reconhecer o feminino que há em cada um, o feminino Gaia, o feminino que gera e dá à luz tudo o que é vivo. Para que o mundo seja salvo da agressividade, do abandono e da carência profunda de afeto que vem sofrendo! A gentileza é feminina!

Rosana Braga é autora do livro O PODER DA GENTILEZA.