quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Metade dos Homens desconhece as causas da difunção erétil



Pesquisa internacional revela que 70% procurariam o médico mais cedo se soubessem que a dificuldade sexual pode estar aliada a doenças graves como diabetes, hipertensão e síndrome metabólica.
O estudo internacional apresentado recentemente em Bruxelas (Bélgica) durante o congresso das Sociedades Européia e Internacional de Medicina Sexual (ESSM/ISSM), mostra que 50% dos homens desconhece as causas da disfunção erétil (DE). Entre os 174 entrevistados, 70% afirmaram que teriam procurado o médico mais rapidamente se soubessem que o problema pode estar ligado a doenças como diabetes, hipertensão e síndrome metabólica. A DE atinge mais de 150 milhões de homens em todo o mundo e em 64% dos casos está associada a doenças crônicas.A pesquisa, denominada Restore the Man, reuniu dados de entrevistas realizadas com aproximadamente 174 pacientes com mais de 40 anos - todos eles homens com DE (47%) ou DE mais alguma doença associada (53%) - e 45 urologistas de 9 países. Segundo os médicos entrevistados, somente 25% de seus pacientes chegam aos consultórios cientes de que a DE pode ser conseqüência de males crônicos. Entre os pacientes pesquisados, a maioria manifestou um desejo: encontrar uma causa para a DE e, assim, livrar-se do sentimento de culpa acarretado pela falha sexual. De acordo com o urologista Helder Machado, chefe do Serviço de Urologia do Hospital Orêncio de Freitas, em Niterói (RJ), grande parte dos homens só procura o médico quando já não consegue mais manter ereções suficientes para a penetração. "A maioria sente vergonha da disfunção erétil e chega ao consultório estimulado pela parceira ou quando a relação conjugal está deteriorada", diz Machado. Segundo o urologista, é importante que o homem se informe e esteja ciente sobre a ligação da DE com doenças crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade. "A dificuldade de ereção é vista como um marcador para a síndrome metabólica e outros males que podem estar relacionados à queda dos níveis de testosterona", explica Machado. "Portanto, é interessante que o paciente com DE faça a checagem de testosterona também", completa o médico.